Os antigos romanos foram, provavelmente, os primeiros a utilizarem um concreto (palavra de origem latina) baseado em um cimento hidráulico, que é um material que endurece pela adição da água. Essa propriedade e a característica de não sofrer alterações químicas pela exposição à água ao longo do tempo são as mais importantes e contribuíram para difundir o uso do concreto como material de construção. O cimento romano caiu em desuso, e somente em 1824 o cimento moderno, conhecido como cimento Portland, foi patenteado por Joseph Aspdin, um construtor de Leeds.
Cimento Portland é o nome dado ao cimento obtido pela mistura intima de calcário, argila ou outros materiais silicosos, alumina e materiais que contenham oxido de ferro. Essa mistura é queimada a temperatura de clinquerização, sendo o material resultante desta queima, o clínquer, moido. As definições das normas britânicas, bem como das normas europeias e americanas são baseadas nestes princípios: nenhum material alem de gipsita (sulfato de cálcio), água e agentes de moagem, deve ser adicionado após a queima.
Produção do cimento Portland
A partir da definição do cimento Portland dada, pode-se deduzir que ele é produzido essencialmente da mistura de um material cálcico, como o calcário ou giz, e a sílica e alumina encontrada em argilas ou folhelhos. O processo de produção consiste em moer as matérias-primas cruas até a obtenção de um pó bastante fino, mistura-las intimamente em proporções predeterminadas e queima-las em um grande forno rotativo em uma temperatura próxima a 1400°C. No forno, ocorre a sinterização do material e sua fusão parcial na forma de clínquer, que após resfriado recebe uma determinada quantidade de gipsita (sulfato de cálcio), sendo novamente moído até resultar em um pó fino. O produto resultante é o cimento Portland comercial, utilizado em todo mundo.
Tecnologia do Concreto
A.M. Neville / J.J. Brooks
Brookmann, 2013.